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alberto lapa

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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

DE VÍCIO APENAS UM TRAGO SEM ESTRAGOS A MONTANTE DO EXAGERO

Um café mais, por favor. Mais uns gramas líquidos de veneno manso, ou não tão venenoso e pérfido como tantos por aí a monte. E também um bom estimulante de neurónios, quando menos ágeis na afirmação de seus préstimos, se a sonolência tudo faz para os afogar em bocejos e respectiva aguadilha lacrimejante. E ainda, sempre sem o pecado do açúcar e enquanto contraponto do vinho, um dedicado companheirão de noitadas, lucubrações, vadiagens. Tudo o que a desoras, atendendo à escuridão como resguardo dos olhos, se nos apresente como lícito e passível de aproveitamento a horas sérias, desde que não levemos por companhia o engano de mentir ao próprio ouvido. Mais nefasta que a toleima de qualquer gabarolice insustentada será a permissividade de acabar mesmo por nela se acreditar. E há por aí tanto com que lesar e embotar os sentidos, ao extremo de de tal se fazer comércio a empolar o cortejo de lisonjas embrulhadas em papel pardo, não recomendável pois para que com ele, no mínimo, se limpe o cu. Por favor, é mais um café. Mais algumas gotas da essência de bem simular toda a léria, que a crise está estabelecida entre nós e de todas as carestias vem sendo e há-de ser desculpa. Que sirva para isso, pelo menos, e não tão-só para engordar ainda mais tubarões gordos, governantes ou governados, dá no mesmo. A quem é que a crise rói as unhas até ao sangue, se já nem sabugo houver? Não a quem a inventou, porque de néscia invenção se trata, mas a quem nela for material a abater por excesso de produção. Vai um café?