http://photos1.blogger.com/blogger/1866/2796/1600/alberto%20lapa.0.jpg

alberto lapa

A minha foto
Nome:
Localização: Coimbra, Portugal

CARREGADOR DE PIANOS SERRA ACIMA E DEMAIS UTOPIAS DE SOPRO SERRA ABAIXO OU CALCETEIRO DE NUVENS ENQUANTO LUZ HOUVER E HOUVER PERNAS A ABRIR

quarta-feira, 31 de maio de 2006

"O BALANCÉ QUEBRADO"

ABRUNHEIRO - COIMBRA/1997
(Óleo s/ tela - 60 x 100)
Colecção Particular

"ELEGIA A MESTRE PICASSO"

ABRUNHEIRO - COIMBRA/1981
(Óleo s/ tela - 50 x 70)
Colecção Particular

OMNIPOTÊNCIA POSSÍVEL

Sempre que estou aqui, não estou ali.
Mas se eu estivesse ali
e não aqui,
também ali não estaria:
estaria aqui.

TRAMA COLHIDA PELA RAMA

Vai desde a cama à fama muitas vezes
a humílima diferença de uma letra.

Mas muitas mais à lama.

PALETA EXPERIMENTAL


Não queiras da penumbra a cor exacta,
se até a água é negra na penumbra
e o prisma tem a mesma cor da água,
que nem tem cor nenhuma, quando pura.

segunda-feira, 29 de maio de 2006

CREPUSCULAR

Um dia esgota-se em tão poucas horas,
turva a distância, a cor, a outra face
do que antes se julgou iluminado
e ora se escoa e filtra ou se enovela
em cinza e fumo
e em fumo se esvazia.

Bem mais que a treva, eu temo a descoberta
do que a treva revela
à luz do dia.

UM ZURRO AO LUAR DE MAIO

Que bom seria ouvir quaisquer palavras
ditas por quem as ouça ao próprio ouvido.

Um surdo as ouviria, sendo burro.

PLENITUDE EM PEQUENEZ

A minha ideia de mim
começa e acaba
em mim.

Tão escassa que é
afinal a minha ideia
de mim.

PESADUME OUTONAL ANTECIPADO

Há mãos que cortam cerce o vento e o rasto
de uma andorinha breve como o vento
cortado assim em dois, duas cortinas
à solta num telhado sem beirais,

se nítido é o vazio de andorinhas
cuja viagem terá hora marcada,
inadiável de mais.

De mais a mais, o vento vai e volta,
é-lhe indiferente.

Uma andorinha, nem sempre.

quinta-feira, 25 de maio de 2006

FÁBULA ESTULTA

Pode um gigante cair e ser menor
que o menor dos anões que dele se riu.

Mesmo no chão, porém, continuará
a não ser um anão mas um gigante
que caiu.

DE COMPORTAS LEVANTADAS

Olhar o dia agora a outra luz.

Com outra água de olhos há reflexos
desconhecidos antes
diluídos
pela correnteza no vaivém das pálpebras
de cuja fonte se soube
e não se soube
conter senão agora a enxurrada.

Descalcem-se os sapatos e atravesse-se
a dita correnteza exasperada.

A outra luz a água já apetece.

UMA FENDA SOBRE A LENDA

A fama, o fumo, a fome, a fêmea ardente,
um fauno empoleirado em cada dente.

A lama, o lema, o lume, a lebre atenta
ao cágado que dorme alheio à lenda.

CLARIM DESVANECENTE

Se os versos fossem elos,
mesmo de ar,
grilhetas e grilhetas se ouviriam
a arrastar pelas montanhas da cidade.

Mas seria bem maior a liberdade.

GUERRA E PAZ

Entre velhas quesílias e dentadas velhas,
eis-me aqui,
fingindo-me em paz
na paz de ouvir Satie.

O mundo não tem ouvidos:
tem orelhas.

terça-feira, 23 de maio de 2006

"PATÉTICA"

7
"PÁTRIA, LUGAR DE EXÍLIO"-II
(Heptacótomo)
«»
ABRUNHEIRO - COIMBRA/1990
(Óleo s/ tela - 80 x 120)
Galeria particular do pintor

"ÍCARO"

6
"PÁTRIA, LUGAR DE EXÍLIO"-II
(Heptacótomo)
«»
ABRUNHEIRO - COIMBRA/1986
(Óleo s/ tela - 80 x 120)
Galeria particular do pintor

"E PUR SI MUOVE"(E TODAVIA ELA MOVE-SE)

5
"PÁTRIA, LUGAR DE EXÍLIO"-II
(Heptacótomo)
«»
ABRUNHEIRO - COIMBRA/1986
(Óleo s/ tela - 80 x 120)
Galeria particular do pintor

"SEGUE DENTRO DE MOMENTOS"

4
"PÁTRIA, LUGAR DE EXÍLIO"-II
(Heptacótomo)
«»
ABRUNHEIRO - COIMBRA/1986
(Óleo s/ tela - 80 x 120)
Galeria particular do pintor

"VI SONATA PARA CRAVO DE DOMENICO SCARLATTI"

3
"PÁTRIA, LUGAR DE EXÍLIO"-II
(Heptacótomo)
«»
ABRUNHEIRO - COIMBRA/1986
(Óleo s/ tela - 80 x 120)
Galeria particular do pintor

"A QUEDA DOS GRAVES"

2
"PÁTRIA, LUGAR DE EXÍLIO"-II
(Heptacótomo)
«»
ABRUNHEIRO - COIMBRA/1986
(Óleo s/ tela - 80 x 120)
Galeria particular do pintor

"ENTRE O DEVE E O HAVER"

1
"PÁTRIA, LUGAR DE EXÍLIO"-II
(Heptacótomo)
«»
ABRUNHEIRO - COIMBRA/1986
(Óleo s/ tela - 80 x 120)
Galeria particular do pintor

segunda-feira, 22 de maio de 2006

MARRAR NO CÉU É PECADO

Neste país de bermas e balidos
é mais prudente pastar
que ter pruridos.

domingo, 21 de maio de 2006

"POEMA AO ÚLTIMO INSTANTE ANTES DA PRIMEIRA DENTADA"

ABRUNHEIRO - COIMBRA/1986
(Óleo s/ tela - 35 x 50)
Galeria particular do pintor
«»
«»
VELHÍSSIMO TESTAMENTO

Nascido em terra podre e de raiz
também apodrecida em podridão
estelar
o mundo apodreceu.

Tal como o fruto
deixado ao abandono no pomar
depois de mordiscado pelos primatas
iniciais.

E desde a fome à tentação da fruta
entre inocência e culpa
artificiais
nascemos filhos da puta.

"DISCURSO CRÍTICO"- II (VÉNUS DE MEL)

ABRUNHEIRO - COIMBRA/1983
(Óleo s/ tela - 50 x 70)
Colecção Particular

"DISCURSO CRÍTICO"- III (XEQUE-MATE)

ABRUNHEIRO - COIMBRA/1983
(Óleo s/ tela - 50 x 70)
Galeria particular do pintor

quarta-feira, 17 de maio de 2006

TODOS COM A SELECÇÃO, CARAGO!

»«
As armas e os barões assinalados,
nos quais se assenta toda a nossa história,
hão-de, lá n’Alemanha, arreganhados,
ao mundo mostrar o B da Bitória.
»«

terça-feira, 16 de maio de 2006

NÃO HÁ MACHADO QUE CORTE A RAIZ AO PENSAMENTO

ABRUNHEIRO - COIMBRA/1996
(Desenho a marcador, aguado, s/ papel - 12 x 18)
Publicado no Catálogo da Exposição dos 25 anos, em 1999,
na Casa Municipal da Cultura de Coimbra
«»
Obrigado, Carlos de Oliveira.
Haja lenha, que mãos haverá.

QUE EU CANTO O PEITO ILUSTRE LUSITANO, PASSE A PUBLICIDADE

ABRUNHEIRO - COIMBRA/1995
(Desenho a lápis s/ papel - 17 x 24)
Nunca publicado, ou seja nunca utilizado para o fim que o fez nascer.
Propriedade do autor.

segunda-feira, 15 de maio de 2006

ALVÍSSARAS – PROCURA-SE VIVO OU MORTO

ABRUNHEIRO - COIMBRA/2005
(Lápis-aguarela e nanquim s/ papel - 21 x 29,7)
Já não chegaria a ser publicado, nos primórdios de 2005,
porque entretanto faleceu em Pombal o falecido Dito&Feito.
REQUIEM IN PACE

GALERIA DE MAGNÍFICOS EXEMPLARES DA NOSSA FAUNA POLÍTICA E NÃO SOMENTE - IV

ABRUNHEIRO - COIMBRA/2004
(Lápis-aguarela e nanquim s/ papel - 31 x 23)
Publicado no extinto Dito&Feito, de Pombal, aos 22 de Outubro de 2004

GALERIA DE MAGNÍFICOS EXEMPLARES DA NOSSA FAUNA POLÍTICA E NÃO SOMENTE - III

ABRUNHEIRO - COIMBRA/2004
(Lápis-aguarela e nanquim s/ papel - 32 x 24)
Publicado no malogrado Dito&Feito, de Pombal, aos 8 de Outubro de 2004

GALERIA DE MAGNÍFICOS EXEMPLARES DA NOSSA FAUNA POLÍTICA E NÃO SOMENTE - II

ABRUNHEIRO - COIMBRA/2004
(Lápis-aguarela e nanquim s/ papel - 21 x 29,7)
Publicado no já morto Dito&Feito, de Pombal, aos 12 de Novembro de 2004

GALERIA DE MAGNÍFICOS EXEMPLARES DA NOSSA FAUNA POLÍTICA E NÃO SOMENTE - I

ABRUNHEIRO - COIMBRA/2004
(Lápis-aguarela e nanquim s/ papel - 21 x 29,7)
Publicado no finado Dito&Feito, de Pombal, aos 24 de Dezembro de 2004

E AGORA, A PROPÓSITO DE ATRASADOS MENTAIS...

ABRUNHEIRO - COIMBRA/2004
(Lápis-aguarela e nanquim s/ papel - 21 x 29,7)
Publicado no já enterrrado Dito&Feito, de Pombal, aos 5 de Novembro de 2004

sábado, 6 de maio de 2006

ORA PRO NOBIS

ABRUNHEIRO - COIMBRA/1995
(Óleo s/ madeira - 20 x 30)
Propriedade do pintor
«»

CARTA AOS MEUS QUERIDOS DETRACTORES

Afinal, parece que o tribunal do santo ofício, chame-se-lhe assim, continua vivo. Ainda há torquemadas a queimar. Ainda há esbirros, fardamentados de paladinos do direito e da justiça, a incinerar quaisquer ideias contrárias às que os enxameiem. E com as ideias, quem sabe se não virão a ser incinerados também, daqui a não muito tempo, aqueles que as tenham parido e posto a andar pelo seu pé. Puta que pariu a espionagem, seja ela ciática, capagebélica, pidesca ou outra qualquer! Puta que vos pariu a todos, lacaios do império onde até os assassinos conseguem chegar a presidentes, já que, por lá, o gosto de matar se aprende na escola e o assassínio é tão lícito como ir à bola ou à missa!
E por aqui me fico (por enquanto).
Com amor, do
Alberto Lapa