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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

DA INUTILIDADE DE FALAR DE MAIS À QUE É PRECISO OUVIR SE SE FALAR DE MENOS

O almoço está meia hora atrasado. Aproveite-se o atraso para digerir outros temas de não menor substância, ou ainda sai desperdício. Que essa léria de perder tempo na vida, equivalente a não viver, nunca foi recomendável a ninguém. E em particular a quem já desça a vertente oposta àquela por onde tenha subido. Merecerá ouvidos a referência à voluntariedade de empreender uma dieta radical em prol da saúde, primeiro, e só depois da elegância? E quantos milhares de bocas não se fecharam para sempre, roendo dentes, desde que este texto tomou balanço e começou a gatinhar? Preocupá-los-ia a sujeição a apertar o cinto como remédio contra o exagero das correntes de ar entre a pele e a roupa, quando roupa houvesse e não apenas pele?
Como todos os lugares-comuns, está velho e relho aquele chavão que diz não ser sequer comparável a fome de um almoço atrasado à fome assassina por inanição. E deplorável é que assim seja. Bem mais fácil e eficaz seria o combate ao flagelo desta, se aquela estivesse presente nas conferências de salvação da humanidade. Para os conferencistas salvadores do mundo seria mesmo o único modo de os pôr a falar do mesmo ao mesmo tempo. E com resultados.
“Já está pronto o almoço”—, diz alguém a alguém, quiçá também um candidato a salvador da humanidade em fase de engorda para efeito de consolidada resistência ao sofrimento da fome.