DO REGISTO METEOROLÓGICO AO FRENESIM DE "SACRILEGIAR" SEMPRE QUE
A chuva, ainda mal começada, já é de mais. É chuva bruta. Dessa que bate e quebra e arrasta e mata e enterra o que se lhe ofereça, gente ou gado, pocilgas ou casas, vinhedos e searas ou jardins e cemitérios.
Durante toda a noite o compadre vento clamou por ela. E ela veio, de supetão, sem se fazer rogada, sôfrega como é apanágio de quem ande arredio e às tantas reate o nó que antes amaldiçoara. E agora é vê-los por aí, na rua, de braço dado, ela a encharcar e ele a torcer, a ver quem mais destrói e mais degraus trepa no escadote das audiências.
Estará alguém lá em cima, no céu, a despejar água às baldadas cá para baixo? Se estiver, não há-de ser grande rês, o que comprova que nem tudo o que é bom e puro lá vai parar.
E é por isso que – consta – o céu está às moscas. Antes o inferno, que é onde irá tombar tudo o que, conquanto impuro, seja bom deveras.
Durante toda a noite o compadre vento clamou por ela. E ela veio, de supetão, sem se fazer rogada, sôfrega como é apanágio de quem ande arredio e às tantas reate o nó que antes amaldiçoara. E agora é vê-los por aí, na rua, de braço dado, ela a encharcar e ele a torcer, a ver quem mais destrói e mais degraus trepa no escadote das audiências.
Estará alguém lá em cima, no céu, a despejar água às baldadas cá para baixo? Se estiver, não há-de ser grande rês, o que comprova que nem tudo o que é bom e puro lá vai parar.
E é por isso que – consta – o céu está às moscas. Antes o inferno, que é onde irá tombar tudo o que, conquanto impuro, seja bom deveras.
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