ALVOR DE ALVORADA
Branco é o rio com o céu lá dentro,
como se estas nuvens, também elas quase
brancas como nuvens com pudor cinzento,
não tivessem peso de cinza guardada
para um luto a haver. Brancas as gaivotas
beliscando a pele da água parada,
vendo-se no espelho dessa mesma água
sem vida, calada. Brancas as roupas,
brancas as cantigas e branco o silêncio
das mais raparigas que cantar não sabem,
como se estas moças, também elas quase
brancas como o pasmo de chuva no Estio,
não tivessem mágoa de paixão negada.
Branca é a cidade com o céu no rio.
como se estas nuvens, também elas quase
brancas como nuvens com pudor cinzento,
não tivessem peso de cinza guardada
para um luto a haver. Brancas as gaivotas
beliscando a pele da água parada,
vendo-se no espelho dessa mesma água
sem vida, calada. Brancas as roupas,
brancas as cantigas e branco o silêncio
das mais raparigas que cantar não sabem,
como se estas moças, também elas quase
brancas como o pasmo de chuva no Estio,
não tivessem mágoa de paixão negada.
Branca é a cidade com o céu no rio.
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